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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O Gato e a Espiritualidade


Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não topa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento. O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele" não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir. O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato! Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo. Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências. O gato é uma chance de interiorização e sabedoria, posta pelo mistério à disposição do homem." O gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um transmutador de energia e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do ambiente e transforma em energia boa, -- normalmente onde o gato deita com frequência, significa que não tem boa energia-- caso o animal comece a deitar em alguma parte de nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele órgão ou membro está doente ou prestes a adoecer, pois o bicho já percebeu a energia ruim no referido órgão e então ele escolhe deitar nesta parte do corpo para limpar a energia ruim que tem ali. Observe que do mesmo jeito que o gato deita em determinado lugar, ele sai de repente, poi ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais dele. O amor do gato pelo dono é de desapego, pois enquanto precisa ele está por perto, quando não, ele se a afasta. No Egito dos faraós, o gato era adorado na figura da deusa Bastet, representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata. Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia. Era também o símbolo da lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos. Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos. "O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até o momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até seu repouso final."
Fonte: The Mythology Of Cats, Gerald & Loretta Hausman

Por que Gritamos?

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
"Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?" Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu: "Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?" O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente.
E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo: "Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminhode volta".
Mahatma Gandhi


Imagem: "O Grito", do pintor norueguês Edvard Munch, 1893.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

(TOCA OU NÃO TOCA!?) Enjoy the Moments

Não. Não me faz totalmente bem.
Eu iria dizer que não é muito agradável,
mas também não é desagradável, então não é essa a palavra.
Claro! Não é o que eu queria.
Eu quero muito mais. Eu quero tudo!
Quero você inteiro: corpo e alma, mente e coração! Tudo!

Mas aprendi na vida a “aproveitar” o que tenho.

Aceitar o que as pessoas têm a oferecer.
Sem criar expectativas ilusórias.
Cada um dá o que tem, não é mesmo?!
É como na imagem do copo pela metade.
Ou se o vê meio cheio, ou meio vazio.
Só questão de perspectiva.

De certa forma, eu até gosto também de ter essa liberdade.

Ajuda a segurar a ´onda´ e me manter independente
Como sempre quis, pertencer a mim mesma.
“A liberdade que você dá é a liberdade que você quer”
Tem seu lado negativo e o positivo, seus prós e contras…

Simplesmente estou aproveitando o momento

E vou aproveitar até a última gota,
até os últimos instantes desses momentos
Com toda dor e alegria
Com todo prazer e agonia!



I love.. I loved. Anyway. I took the risk on my own

And nothing else matters.


Mekare 19/09/2010 3h40



“Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.“ Vinicius de Moraes


“É muito fácil ser feliz c/ aquilo q se quer…

Difícil é ser feliz com aquilo q se tem…
E essa é toda a mágica da vida”

Mas…:

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” (Antoine de Saint-Exupéry)

Memória




Pandora nasceu no dia 19 de julho de 1985,
Às 10h30 da manhã
Num Estado do Nordeste Brasileiro
Com 3 meses de idade, mudou com seus pais para outra cidade
Aos 3 anos para outra região, só com a mãe.
Mais tarde, voltou à cidade onde nasceu
E depois foi para outra.
Voltando depois à da outra região.
Sempre foi muito quieta e reservada
Extremamente até
Também, com tantas mudanças
Não conseguia conhecer ninguém
Por tempo o bastante
Para ter confiança
Terminou seus "estudos básicos" em 2002, aos 17 anos
Fe curso de informática, de inglês... mas nada queria
2003 foi o ano mais obscuro de sua vida...
Porém, tanta introspecção até acabou lhe fazendo bem.
Em 2004, aos 19, finalmente consegue um trabalho
E desobre então com o tempo, o quanto isso é limitante, aprisionante
Dois anos depois pede demissão. Para poder "estudar", buscar o goste.
E com esse tempo mais livre conhece a Arte... o teatro... a dança
E passa a ver a vida com outros olhos, com outros
Sentidos.


(Exercício proposto em aula - Dç Vocacional – 2° semestre 2010)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O relacionamento é um mistério - Osho

O relacionamento é um mistério. 
E, por existir entre duas pessoas depende de ambas.

Sempre que duas pessoas se encontram,

um novo mundo é criado.
Justamente pelo encontro,
um novo fenômeno vem à existência –
o qual não existia antes,
o qual nunca existiu.
E através desse novo fenômeno,
as duas pessoas são mudadas e transformadas.

Não-relacionado, você é de um jeito:
ao se relacionar, imediatamente fica diferente.
Uma coisa nova aconteceu.

Uma mulher, quando se torna mãe,
não é mais a mesma.
Um homem, quando se torna pai,
não é mais o mesmo.

Uma criança nasceu,
mas não compreendemos um dos ângulos, de modo algum –
no momento em que a criança nasce, a mãe também nasce.
Ela não existia antes.
A mulher existia, mas a mãe nunca.
E uma mãe é algo totalmente novo.

O relacionamento é criado por você,
mas, por sua vez, ele também o cria.

Duas pessoas encontram-se,
isto significa que dois mundos se encontraram.
Não é algo simples – é muito complexo, é o que há de mais complexo.
Cada pessoa é um mundo em si mesma –
um complexo mistério com um longo passado e um futuro eterno.

No começo, apenas as periferias se encontram.
Mas, se o relacionamento cresce intimamente,
se fica mais próximo, mais profundo,
então, pouco a pouco, os centros se encontram.
Quando os centros se encontram, isto é chamado de amor.

Quando apenas as periferias se encontram, há uma familiaridade.
Você toca a pessoa pelo lado de fora, só no contorno,
então, fica familiarizado.
Muitas vezes, você começa a chamar essa familiaridade de amor.
Então entra numa ilusão.
Familiaridade não é amor.

O amor é muito raro.
Encontrar uma pessoa em seu centro
é passar por uma revolução em si mesmo,
porque se você quiser encontrar o centro do outro,
terá de permitir que o outro,
também chegue ao seu centro,
terá de tornar-se vulnerável,
absolutamente vulnerável, aberto.

É arriscado.
Permitir que alguém chegue ao seu centro é arriscado, perigoso,
porque nunca se sabe o que essa pessoa fará.
E quando todos os seus segredos forem conhecidos,
quando o que está oculto torna-se visível,
quando você tiver se exposto completamente,
o que essa outra pessoa fará, nunca se sabe.

O medo surge.
Eis porque nunca nos abrimos.

Basta uma familiaridade, e pensamos que o amor aconteceu.
As periferias se encontram, e pensamos que nós é que nos encontramos.
Você não é a sua periferia.
Na verdade, a periferia é o limite onde você termina.
apenas a cerca a seu redor.
Não é você!

Até mesmo os maridos e as esposas
que viveram juntos por muitos anos,
podem ser apenas familiares.
É possível que não tenham conhecido um ao outro.
E quanto mais você viver com alguém
mais se esquece
de que os centros continuam desconhecidos.

Portanto, a primeira coisa a ser compreendida é:
Não confunda familiaridade com amor,
Você pode fazer amor,
pode estar sexualmente relacionado,
mas o sexo também é periférico.
A menos que os centros se encontrem, o sexo é apenas
um encontro entre dois corpos não é um encontro.
O sexo também permanece na familiaridade –
física, corporal, mas ainda familiar.

Você só permite que alguém entre em você, em seu centro,
quando você não está com medo,
...quando não está temeroso.

Osho (discurso feito em 16 de maio de 1974)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Respirar Amor - Osho

"Cada momento,o Amor morre e cada momento ele renasce novamente. É como a respiração: você inspira, você expira; de novo você inspira e expira. Você não o guarda dentro.
Se você segurar a respiração você irá morrer porque ela se tornará viciada, ela se tornará morta. Ela irá perder aquela vitalidade, a qualidade da vida. O mesmo acontece com o amor; ele está respirando; a cada momento ele se renova. Então quando ficamos presos no amor e paramos de respirar, a vida perde toda significância.
E é isso que está acontecendo com as pessoas: a mente é tão dominante que ela até mesmo influencia o coração e o torna possessivo! O coração não conhece nenhuma possessibilidade, mas a mente o contamina, o envenena.
Então se lembre: apaixone-se pela existência! E deixe que o amor seja como o respirar. Inspire e expire, mas deixe que seja o amor entrando, saindo. Pouco a pouco a cada respiração você precisa criar essa mágica de amor.
Torne isso uma meditação: quando você expirar, sinta que você está derramando seu amor na existência; quando você inspirar, a existência está derramando seu amor em você. E logo você verá que a qualidade da sua respiração está mudando, assim ela começa a ficar algo totalmente diferente daquilo que você sempre conheceu antes.
Eis porque na Índia a chamamos de o prana da vida, não é apenas respirar, não é somente oxigênio. Algo mais está lá presente, a própria vida."
Osho

sábado, 25 de fevereiro de 2012

morte-vida

"Deixe a morte ser a sua mão esquerda e a vida, a direita. Deixe sua inspiração ser vida e sua expiração, morte. Seja jovem, transborde de energia, dance como uma tempestade e, ao mesmo tempo, seja calmo, silencioso e vazio"

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Promessas de Fim de Tarde


Promessas de fim de tarde

Chuvisco da TV na madrugada
Assim pareceu a tarde de Verão
Milímetros de inquietude através da janela
Invadem meus olhos que neste mundo não mais estão

Divertem-se os pombos encharcados
De prédio em prédio, num balé urbano
Iluminado pela dança de preto e branco do céu
Movido pelos ventos que anunciam o final deste ano

Domina o clarão mais pleno que o Sol
Branco de nublado – uma Heineken ao meu lado –
O que mais fascina a vida concreta
No centro da cidade além do caótico estado

Porque na minha terra tem betoneiras
Que emudecem os sabiás
Boêmios declamam e incendeiam
A noite que está por chegar.

(Rogério Char – 1/12/11)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sinfonia da Criação


Sinfonia da Criação

Manifestação da Deusa
Suas estrelas percorrem
E seus olhos de cometa discorrem
Luzes em conflito à escuridão de minhas dúvidas

Ápice da deidade
Em sopros que inspiram vontade
E à tormenta dos mares da saudade
Vem para mim, pois inspira sua sinceridade

Quem diria, bardo tão jovem
Varão abençoado em quintessência
O sangue ferve em versos de fertilidade
Anjo? Deus? Em plenitude da felicidade!

Simples! Percorre com seu suor
Até o leito de minha inspiração
Quão transcendental versão
Degladiamos e brincamos em torno da criação

Grande rito, ó musa perfeita
O calor nos funde em olhares e canções
E sem mais unimos corpos em intenções
De maturar amores pelas próximas estações.


(Rogério Char)
30/11/11 quarta.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Sol em Movimento

   O Sol em Movimento


Espelho de vontades
Seu retrato na parede
Olhares embriagados
À matemática de nossos desejos

Café da manhã à tarde
Rente à aura aquecida
De nossos corpos, Sol surge
À medida que nossas pernas duelam

Vem com sinceridade
Toque-me com o calor
Da sua boca, desliza
À porção do nosso suor compartilhado

*Grand finale, dois movimentos
Negação do tempo, queremos tempo
Olhos entreabertos, olhares dispostos
Dois em um. Boa Noite!

(Rogério Char)
sábado 26/11/11